A FUP (Federação Única dos Petroleiros) decidiu nesta sexta-feira (25) suspender a greve da categoria que começaria no sábado (26). A entidade alega que o TST (Tribunal Superior do Trabalho) sinalizou concordância com algumas mudanças solicitadas na proposta de acordo coletivo com a Petrobras.
Em entrevista durante a tarde, o diretor de Assuntos Corporativos da estatal, Eberaldo Almeida, chegou a levantar a possibilidade de suspensão da greve, mas disse que a empresa estava preparando equipes de contingência para reduzir os riscos de perda de produção de petróleo ou combustíveis durante a paralisação.
Em vídeo distribuído aos petroleiros, o coordenador-geral da FUP, José Maria Rangel, disse que a sinalização do TST pode abrir novas negociações, mas que uma nova greve será convocada caso a Petrobras não aceite as mudanças na proposta.
Petrobras e os sindicatos vinham negociando com mediação do TST desde o início de agosto, quando venceu o prazo do acordo coletivo de trabalho. Em 19 de setembro, o tribunal apresentou uma proposta final, a princípio rejeitada pelos sindicatos mas levada a votação nas últimas semanas.
Durante as negociações, havia no TST a preocupação de que os sindicatos estivessem forçando o impasse para justificar uma greve com motivação política, contra a privatização de ativos da estatal. As federações só decidiram levar a proposta a assembleias após o fim do prazo para decidir a questão.
Nas assembleias da semana passada, apenas uma base aprovou a proposta do tribunal -aquela que concentra a maior parte dos empregados da área corporativa da companhia. As bases compostas por empregados operacionais rejeitaram em peso.
A greve foi anunciada na terça (22). “Recebemos a notificação da maioria dos sindicatos [sobre a greve], que pode ocorrer ou não. Continuamos trabalhando para que a greve não aconteça”, disse Almeida nesta sexta, em entrevista para detalhar o resultado da companhia no terceiro trimestre.
Segundo ele, a empresa estaria preparada “para manter a produção o mais próximo do normal para evitar impacto na nossa produção e impacto na sociedade como um todo”.
Fonte: Varela Notícias