Vilas-Boas diz que morte de gestante em UPA não deve ser atribuída a falta de UTI

A morte da gestante Taise Santos da Conceição, de 35 anos, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro de San Martin, em Salvador, não deve ser atribuída à falta de vagas em UTIs, de acordo com o secretário estadual da Saúde, Fábio Vilas-Boas. O caso aconteceu no sábado (29). Ela estava grávida de sete meses, apresentava insuficiência respiratória e teve que ser submetida a um parto prematuro e de emergência.

A morte foi associada pela família e amigos de Taise à falta de leitos de tratamento intensivo. Ela morreu enquanto aguardava regulação para uma unidade especializada para pacientes gestantes com Covid-19. 

Um médico do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) atendeu Taise enquanto aguardava regulação para uma unidade especializada para pacientes gestantes com Covid-19. 

Em entrevista na manhã desta segunda-feira (31), Vilas-Boas argumentou que os fatos narrados sinalizam que a gestante não foi intubada em tempo pelos profissionais da UPA. O secretário destacou que essas unidades de emergência possuem salas de estabilização, equipadas com respiradores, sedativos e toda infraestrutura que se tem dentro de uma UTI, e portanto tem capacidade de manter a pessoa em ventilação artificial até que seja removida para um leito hospitalar de tratamento intensivo.

“Hoje não temos pacientes que ficam mais de 24h em ventilação mecânica [aguardando regulação], mesmo tendo hoje 200 pessoas que passam de 24h [aguardando] de um dia para o outro”, ressaltou Vilas-Boas.

O titular da Sesab ainda destacou o protocolo da pasta prioriza aqueles pacientes que são colocados em ventilação artificial. “E portanto dificilmente nós iremos atribuir à falta de regulação dentro de 24 horas qualquer tipo de óbito”, acrescentou.

A UPA de San Martin é administrada pela prefeitura de Salvador. Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), informou que a paciente já deu entrada na unidade com quadro gravíssimo, e foi feito de imediato pedido à Central de Regulação de transferência para maternidade de referência já que se tratava de uma gestante com Covid-19. 

“Com o agravamento do quadro, o Samu foi até a UPA e realizou manobras de reanimação cardíaca e, paralelamente o parto do bebê. Infelizmente a mãe não resistiu, mas os profissionais do Samu empenharam todos os esforços e conseguiram salvar a criança que foi levada imediatamente para assistência especializada”, diz o texto.

Fonte: Bahia Notícias

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