De acordo com um novo estudo realizado por médicos cardiologistas do hospital britânico Leeds General Infirmary, os ataques cardíacos são mais fatais em meses mais frios. O estudo foi apresentado nesta terça-feira, 5, na Conferência da Sociedade Cardiovascular Britânica em Manchester, Inglaterra.
O estudo comparou os dados de mais de quatro mil pacientes que receberam tratamento para ataque cardíaco em quatro anos separados, e descobriram que os ataques cardíacos mais graves foram mais fatais nos seis meses mais frios, em comparação com os mais quentes.
“Explicações potenciais podem incluir maior tempo de tratamento, internação prolongada e atrasos na alta, além do aumento da prevalência de infecções associadas ao inverno, que nos pacientes mais doentes, poderia ser potencialmente letal”, disse o médico Arvin Krishnamurthy, que liderou a pesquisa.
O número total de ataques cardíacos foi aproximadamente o mesmo na metade mais fria do ano, em comparação com os meses mais quentes, com os mais sérios ataques cardíacos levando à parada cardíaca e choque cardiogênico.
Porém, o risco de morrer nos 30 dias depois de ter de um ataque cardíaco grave foi quase 50% maior nos seis meses mais frios, em comparação com os seis meses mais quentes.
A parada cardíaca é quando o coração para de bombear sangue pelo corpo, enquanto o choque cardiogênico é quando o coração não consegue bombear sangue suficiente para atender às necessidades do corpo. Ambas as condições são frequentemente causadas por um ataque cardíaco grave, mas nem todos que têm um ataque cardíaco têm uma parada cardíaca ou choque cardiogênico.
Os pesquisadores ainda querem realizar novos estudos para entender melhor as causas desta diferença. “Você obviamente não pode escolher quando terá um ataque cardíaco, mas não deve ter um impacto tão grande nas suas chances de sobreviver. É vital que façamos mais pesquisas para descobrir por que existem essas diferenças, além de continuarmos fazendo tudo o que pudermos para impedir que as pessoas tenham ataques cardíacos”, disse Metin Avkiran, médico na Fundação Britânica para o Coração.
Fonte: G1
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