Autor do vírus Mirai terá de pagar US$ 8,6 milhões por ataque a universidade

Um tribunal de Nova Jersey, nos Estados Unidos, decidiu condenar Paras Jha, de 22 anos, ao pagamento de uma indenização de US$ 8,6 milhões (cerca de R$ 32 milhões) por um ataque à Universidade de Rutgers realizado com o vírus Mirai. Ele era aluno de ciência da computação na universidade quando realizou o ataque.

O Mirai é um vírus de “internet das coisas” cujo código foi disponibilizado na internet e usado em diversos ataques, entre eles um que derrubou o provedor de internet Dyn e, com isso, tirou do ar serviços como Netflix, Spotify e Twitter.

O vírus era capaz de entrar em câmeras de segurança, aparelhos de gravação de imagens (DVR) e outros equipamentos. Em seguida, o vírus reunia a conexão com a internet de todos esses equipamentos para inundar sites da web com tráfego falso, congestionando a rede.

Jha também foi condenado a seis meses de prisão domiciliar, mas a indenização é a punição mais severa aplicada pelas autoridades contra os autores do vírus Mirai: ele respondeu em separado pelos ataques à universidade.

Josiah White, de 21 anos e Dalton Norman, de 22, também foram responderam pela criação do Mirai junto com Paras Jha. Na ação que responderam em conjunto, eles foram condenados a cinco anos de liberdade condicional e 2.500 horas de serviço comunitário, que seria prestado em grande parte ao FBI (a Polícia Federal dos Estados Unidos), e multas de US$ 127 mil (cerca de R$ 470 mil).

A autoridade policial elogiou os três por terem cooperado com os investigadores, tentando inclusive obter informações sobre outras pessoas que atuavam em fóruns de hackers. As cooperações teriam somado mais de mil horas de trabalho. Esses fatores levaram um tribunal no Alasca a aplicar uma pena mais leve ao trio.

Jha, porém, respondeu sozinho a outra ação em Nova Jersey por ter usado o vírus para derrubar o servidor de autenticação da Universidade de Rutgers. Esse servidor era responsável por autenticar todos os professores, alunos e funcionários.

Por esse crime, a Justiça decidiu aplicar a multa milionária e prisão domiciliar, o que deve impedi-lo de trabalhar e estudar. O valor de US$ 8,6 milhões foi calculado pela universidade de acordo com os custos que a instituição teve para lidar com o problema.

Fonte: G1

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