Dólar opera em queda seguindo mercado externo

O dólar opera em queda nesta segunda-feira (4), acompanhando a trajetória da moeda norte-americana em relação a outras divisas no exterior, em dia de maior busca pelo risco, segundo a Reuters.

Por volta de 11h20, a moeda norte-americana caía 0,4%, vendida a R$ 3,7503.

Cenário internacional

“Os recentes dados econômicos positivos ao redor do mundo, que mostram um crescimento global ainda saudável e relativamente robusto, parecem estar dando suporte ao humor global ao risco”, escreveu o chefe de multimercados da gestora Icatu Vanguarda, Dan Kawa, em relatório.

Na sexta-feira, os dados mais fortes do mercado de trabalho norte-americano deram força ao dólar ante outras divisas, uma vez que alimentam uma atuação mais forte do banco central dos Estados Unidos neste ano.

Nesta segunda-feira, esses números ofuscavam as preocupações de que as guerras tarifárias entre EUA e o resto do mundo poderiam retardar o crescimento da economia global. Além disso, o fortalecimento do euro com a redução das preocupações com a Itália também favorecia a busca pelo risco.

O dólar caía ante a cesta de moedas e também ante as moedas emergentes, como o peso chileno e a lira turca.

O euro subia ante o dólar com sinais de menos incertezas na Itália, após notícias de um acordo sobre um governo de coalizão, evitando eleições potencialmente desestabilizadoras.

Cenário local

Internamente, os investidores seguiam monitorando os desdobramentos da saída de Pedro Parente do cargo de presidente-executivo da Petrobras e sua substituição por Ivan Monteiro, bem como os desdobramentos da greve dos caminhoneiros e como será a condução da política de preços da petroleira a partir de agora.

O Banco Central fez nesta sessão leilão de novos swaps cambiais tradicionais –equivalentes à venda futura de dólares– e vendeu a oferta integral de até 15 mil contratos, totalizando US$ 1,5 bilhão neste mês.

A autoridade também realiza ainda nesta segunda-feira leilão de até 8.800 swaps cambiais tradicionais para rolagem do vencimento de julho. Se mantiver esse volume até o final do mês, rolará integralmente o total de US$ 8,762 bilhões que vence em julho.

Última sessão

Na sexta-feira (1), o dólar fechou acima de R$ 3,76, com a demissão de Parente prejudicando a percepção dos investidores, sobretudo os estrangeiros, sobre a condução da economia brasileira e impactos do subsídio ao diesel sobre as contas públicas.

A moeda norte-americana teve valorização de 0,79%, a R$ 3,7652 na venda. A moeda não fechava acima desse patamar desde março de 2016. Na máxima da sessão, chegou a R$ 3,7703, justamente quando saiu a notícia da renúncia de Parente.

Fonte: G1

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