‘Pelo Brasil afora rodam os órfãos da Covid e isso não sensibiliza o presidente’, critica Otto

Membro da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, o senador Otto Alencar (PSD-BA) rechaçou a postura do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que participaram de uma manifestação neste domingo (23). Os dois passearam de moto com centenas de apoiadores, provocando aglomerações e sem o uso de máscara.

Para Otto, foi uma “carreata do apocalipse, da morte das pessoas”. “Pelo Brasil afora rodam os órfãos da Covid-19, as viúvas, os viúvos e isso não sensibiliza de maneira nenhuma o presidente da República. Parece que o governo dele é uma grande festa, uma grande carreata que chocou a todos nós”, criticou o parlamentar, lembrando que o Brasil já registra quase 450 mil mortes em decorrência da doença, em entrevista ao programa Bahia Notícias no Ar, da rádio Salvador FM (92,3).

Otto também lembrou que Pazuello, na condição de general da ativa, sequer poderia estar ali, já que o Estatuto dos Militares o proíbe. O Comando do Exército ficou de decidir hoje como lidar com essa situação.

Ao longo da manifestação, ele e Bolsonaro contaram com apoio da Polícia Militar do Rio de Janeiro e o presidente ainda usou uma aeronave da União para viajar de Brasília até a capital fluminense, segundo Otto. “Custos altíssimos da segurança nacional e tudo isso foi feito pra ele mostrar o Pazuello como general que é dele, o gordinho que é dele e, sem dúvida nenhuma, isso precisa ser apurado, levantar o que foi gasto ontem para a promoção do Pazuello como político”, frisou o senador.

Em meio às críticas, Otto ainda voltou a falar do ex-secretário Especial de Comunicação do governo, Fábio Wajngarten, a quem chamou de “lobista”. O senador disse não ter a “menor dúvida de que Wajngarten fez lobby dentro do Ministério da Saúde para a compra superfaturada de Tamiflu”, que não é medicação que serve pra coronavírus, e outros insumos que foram comprados. Diante dessas suspeitas, ele disse que a CPI vai pedir a quebra de sigilos bancários, fiscal e telefônico de algumas testemunhas.

SEMANA DA CPI

Nesta terça-feira (25), a CPI recebe a médica Mayra Pinheiro, que ficou conhecida como Capitã Cloroquina. Segundo Otto, ela será questionada sobre o que a levou a receitar hidroxicloroquina no tratamento contra a Covid-19, mesmo contrariando as autoridades de saúde.

Mayra liderou a equipe enviada a Manaus, no auge da crise sanitária enfrentada pelo estado do Amazonas, em janeiro. Assim como Pazuello, ela adquiriu, no STF, o direito de ficar em silêncio sobre o colapso na capital amazonense.

Fonte: Bahia Notícias

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